sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Até quando, vazio?


Atrás de sorrisos, se encontra uma dor. Dor que ninguém vê ou sente. Nos balcões dos bares, algo a mais que a cerveja é colocado. A esperança e a vida são convertidas em magoas. Magoas que se dissolvem na amarga bebida, mas que mesmo assim não deixam de existir. Eles bebem como se o mundo fosse acabar. Falam da vida como se ela fosse apenas uma aventura. E vivem a mesma como se não houvesse amanhã. A dor tortura, mas o sorriso esconde. Todos supõem que aquele jovem que se encontra bebendo e rindo, é feliz. As vezes até ele mesmo pensa nisso, é se auto convence de que é feliz. Porém, a ilusão dura somente alguns minutos, ou mais tardar, algumas horas. Depois que tudo passa, quando o efeito das drogas se vai e ele se encontra sozinho no quarto, percebe que com tudo aquilo conseguiu enganar a todos. Por uma fração de segundos, chega a pensar no quão esperto ele é. Porém, logo toda glória se desfaz, e ele se lembra que esqueceu de uma pessoa; Ele conseguiu enganar a todos, de menos a si mesmo. A dor precedente do vazio que ele achou ter preenchido com a bebida, voltou a tona. O vazio parecia ter crescido de tamanho. E doía, doía... Por fim, concluiu que já não havia mais porque sorrir. Afinal, a quem ele enganaria?




"E assim é o ser humano: tão vazio que se preenche com qualquer coisa, por mais insignificante que seja." (Blaise Pascal)